Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/26035
Tipo: masterThesis
Título: Cosmovisões, ancestralidades e memórias que não querem calar nos rugidos da onça, de Micheliny Verunschk
Autor(es): Names, Patrícia
Orientador: Aguiar, Janaina de Azevedo Baladão de
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Data de Publicação: 2024
Palavras-chave: TEORIA LITERÁRIA
LITERATURA
Resumo: Toda obra literária traz em si uma perspectiva de mundo, ou seja, um modo de pensar e ver a realidade. Nesse sentido, a partir de um recorte específico para esta dissertação, o presente trabalho busca explorar o modo como Micheliny Verunschk (2021) desenvolve seu argumento, na obra O som do rugido da onça, tomando como base a chegada de dois naturalistas alemães que desembarcaram no Rio de Janeiro, em 1817, os quais, a partir da relação construída entre eles e os indígenas do povo Miranha do Brasil, começam a buscar e adquirir artefatos considerados significativos da cultura brasileira, para levar para a Alemanha do século XIX. Para o povo Miranha, a onça é a deusa da caça, aquela que todos devem temor e respeito, porque a onça permite que os indígenas vivam em seus domínios. A personagem Iñe-e, personagem principal da obra, era muito pequena, quando desapareceu do seu povo, sendo encontrada somente horas depois, na beira de um rio, em companhia da onça chamada Tipai uu. A menina estava intacta e foi a partir daí que começaram as desconfianças do pai da criança, o tuxaua João Manoel, de que a criança havia feito um pacto com a onça e, por conta disso, Iñe-e era, agora, inimiga como a onça. Partindo deste enredo inicial, nesta dissertação, analiso os aspectos em que a obra se desenvolve para falar das cosmovisões e das ancestralidades dos povos originários do Brasil, como, por exemplo, no caso do nascimento da onça Tipai uu e da origem do “onçamento” da menina indígena Iñe-e.Também analiso os ensinamentos míticos da Onça Grande, como xamã e protetora, aquela que tem o poder de navegar entre o passado, o presente e o futuro. No capítulo intitulado de “As memórias do rio” analiso as narrativas e as confluências do rio Izar, de Munique, personagem e narrador na obra. Além disso, ao analisar a transformação do personagem menino Juri em menino-peixe e de Iñe-e em menina-onça, busco falar sobre aquilo que Nêgo Bispo (2023, p. 30) chamou de seres “diversais”, ou “cosmológicos”, que são aqueles que querem apenas viver se tornando cada vez mais conectados aos vários ecossistemas, às várias espécies e a vários reinos. Já no capítulo nomeado de “A onça na cidade”, exponho as minhas ideias sobre a chegada da onça na cidade, abordando, em conjunto, o enredo da personagem Josefa, personagem brasileira, contemporânea, criada como metáfora do Brasil, conforme afirmou a própria escritora Micheliny Verunschk (2023). Para tanto, são estudados alguns teóricos que discorreram largamente sobre o assunto, como Ailton Krenak (2020, 2021, 2022, 2023), Davi Kopenawa (2015), Kaká Werá Jecupé (2020) e Linda Tuhiwai Smith (2018).
URI: https://hdl.handle.net/10923/26035
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