Tessituras da impostura: as confissões de Felix Krull em constelação estética negativa

Abstract

Trata-se de um ensaio de expressão estética, escrito para fins de tese de doutorado, que versa sobre a obra Confissões do impostor Felix Krull, de Thomas Mann. Para a compreensão dessa obra específica o autor perpassa também por outras obras do escritor alemão. A análise tem como base filosófica central a Teoria estética de Theodor Adorno. Os principais conceitos abordados nesse trabalho são a mímesis, a subjetividade e a ideia de história natural. Outros conceitos como ensaio, constelação, montagem e modelo também são mobilizados para a compreensão do objeto de tese. Objetiva-se compreender uma determinada estrutura de linguagem hegemônica no mundo ocidental, a partir desta obra singular, cujo início foi escrito em 1910 e publicada finalmente no ano de 1954. O trabalho foi estruturado em três eixos de análise: um sobre a expressão e a linguagem das Confissões, outro sobre o sujeito narrador e impostor que confessa e, por fim, a análise de uma cena, buscando a singularidade como expressão crítica e dialética.

This is an essay of aesthetic expression written for doctoral thesis purposes, and it explores the work Confessions of Felix Krull, from Thomas Mann. In order to understand this particular work from Thomas Mann, the author also permeates other works by the german writer. The analysis has its central philosophical basis on the Aesthetic theory of Theodor Adorno. The main concepts worked in this writing are mimesis, subjectivity and the idea of natural history. Another concepts such as essay, constellation, montage and model are also mobilized to understand the object of the thesis. The objective is to comprehend a particular structure of the hegemonic language in the western world, taking into consideration this singular work from Thomas Mann, which he had started writing in 1910 and finally published in 1954. The work was divided into three axes of analysis: one on the expression and language of the Confessions, the other on the narrator subject and on the impostor who confesses, and, finally, the analysis of a scene where the author sought uniqueness as critical and dialectical expression.