Resumen: | A alfabetização e letramento são práticas fundamentais no processo de escolarização de um indivíduo e depende não só dos conhecimentos técnicos do (a) professor (a), mas também de interações afetivas que constrói com os (as) alunos (as). É essencial, então, que se conheçam as práticas de professores (as) alfabetizadores (as) e de que forma elas estão em consonância com estes conceitos. Assim, o presente trabalho objetivou compreender os relatos sobre usos de competências socioemocionais por professoras do segundo ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública do município de Porto Alegre em suas práticas de alfabetização e letramento. Para isso, foi realizada entrevista semiestruturada com as professoras, realizada online, devido à pandemia do COVID-19. Realizou-se análise de conteúdo a partir dos relatos, em que se produziram quatro categorias analíticas: leitura do mundo; reconhecimento e lida das emoções; empatia e cuidado com o (a) aluno (a) e estresse e saúde mental docente. Entendeu-se, assim, que as professoras alfabetizam seus (suas) alunos (as) para que sejam capazes de compreender o seu contexto. Para fazê-lo, utilizam-se de todas as competências socioemocionais definidas pela literatura: autoconsciência, autodomínio, automotivação, empatia e talento nas relações. No entanto, destaca-se que, ainda assim, essas professoras sofrem diversas cobranças no seu trabalho, especialmente devido ao processo de alfabetização e letramento. Compreendeu-se, então, que é preciso voltar o olhar a esses (as) educadores (as) e sua saúde mental, porque, pensando neles (as), pensa-se, também, na qualidade das aulas e de sua relação com os (as) alunos (as). |