| Abstract: | O presente trabalho tem como objetivo levantar questões sobre saúde mental no jornalismo e também apresentar informações sobre a atual situação dos conceitos de saúde mental em nosso país, bem como esses transtornos vêm afetando os profissionais de comunicação de forma efetiva. Esses jornalistas então passam a ser a peça-chave para esta monografia, que irá discutir saúde mental a partir da percepção de profissionais que cobriram tragédias, termo que, ao longo deste trabalho, será caracterizado por fatos em que ocorreram muitas mortes. O referencial teórico inclui autores como Cotta (2005), Romancini; Lago (2007) e Barbosa (2013), que se propõem a contar o processo evolutivo da profissão de jornalista ao longo dos séculos, Jacques; Codo (2007) e Ascêncio (2002) que trazem conhecimento sobre os conceitos de saúde mental e coberturas de tragédias, seguindo essa ordem. Destaco a importância deste estudo sobre Saúde Mental em meio à carreira dos jornalistas, já que as redações reduzem suas equipes a cada dia, os profissionais são cada vez mais cobrados quanto ao desenvolvimento de multitarefas e quanto a produções massivas de pautas diárias, gerando um maior desgaste físico e psicológico para esses indivíduos e agravando ainda mais a fadiga física e psicológica em meio a coberturas de fatos marcantes como em casos de tragédias. A partir das análises realizadas ao longo deste estudo, em que conversei com jornalistas que cobriram os seguintes fatos: Queda do avião da Chapecoense, incêndio na Boate Kiss, acidente do voo TAM 3054 e queda de um ônibus escolar na barragem da Corsan na cidade Erechim, concluo que os jornalistas se sentem desamparados com relação ao apoio oferecido por parte das empresas e levam essa carência de amparo emocional ao longo das trajetórias profissionais, independentemente do veículo em que trabalham ou trabalharam, e que as questões de saúde mental ainda são manifestadas de forma muito abstrata dentro dos grandes veículos, que parecem apresentar, de modo geral, uma despreocupação quanto ao assunto. Ressalto a importância de trabalhos acadêmicos sobre o tema aqui abordado, pois as referências são escassas em nosso país, seguindo assim o exemplo da Columbia University, considerada hoje a referência em estudos direcionados a coberturas jornalísticas e traumas.
The present paper seeks raise questions about mental health in journalism, and also presents information on the current state of mental health concepts in our country, as well as the disorders related to communication effectively. Journalists, then, are the key to this monograph, which will discuss mental health from the perception of professionals who covered the tragedies, term which, throughout this work will be characterized by existing facts with a large number of dead. Our theoretical framework includes authors such as Cotta (2005), Romancini; Lago (2007) and Barbosa (2013), who propose a process of evolution of the profession of journalist over the centuries, Jacques; Codo (2007) and Ascience (2002) that brings the knowledge on mental health and coverage of tragedies, following this order. Emphasize the importance of the study on "Mental Health" in the midst of a career of journalists, given that newsrooms reduce their teams daily, professionals are increasingly being charged for the development of numerous tasks and for massive productions of daily schedules, generating greater physical and psychological exhaustion for these individuals. This is further aggravated by the coverage of major events such as the tragedies. From the analysis developed throughout this study, I spoke with journalists who covered the following events: Chapecoense plane crash, the fire at Kiss nightclub, flight accident TAM 3054 and fall of a school bus on the Corsan dam in the city of Erechim, I conclude that journalists feel helpless regarding the support offered by companies and take this lack of emotional support throughout their professional career, regardless of the media outlet in which they currently work, or used to work, and mental health issues are still manifest in a very abstract way in the great communication vehicles, and these seem generally to be unconcerned about this subject. I hope that more students and academics will have an interest in addressing this issue, since the references in our country are scarce and I expect brazilian universities will also show more attention to the facts reported here, since today Columbia University is the only one that have studies directed to the Coverage Journalism and Traumas. |
