| Abstract: | Na presente pesquisa foi analisada a receptação, interpretação, análise e reinterpretação da Doutrina francesa de Guerra Contrarrevolucionária pela revista A Defesa Nacional entre os anos de 1957 e 1965. Dada a importância da Revista para a intelectualidade do oficialato militar brasileiro, as elaborações construídas em suas páginas permitiram a divulgação de métodos para combater movimentos revolucionários que estavam eclodindo naquele momento pelo mundo inteiro. Foram constatados três momentos distintos da relação entre os militares brasileiros e a Doutrina francesa: o primeiro, uma receptação quase literal, onde as recomendações dos teóricos franceses eram recebidas como incorrigíveis.O segundo, quando em uma interpretação das técnicas de enfrentamento passam a existir discordâncias e lacunas entre os dois entendimentos. O terceiro momento contempla a parte onde os oficiais brasileiros passam a reivindicar a criação de uma doutrina própria e independente, que contemple a realidade nacional e suas peculiaridades. Essa reivindicação trouxe consigo uma série de artigos que iniciam uma teorização da Contrarrevolução, no entanto, foi interrompida pelo tempo. A partir do ano de 1965 as teorizações sobre o assunto diminuem sensivelmente, interrompendo a criação de uma doutrina própria das forças armadas brasileiras.
In the present research, the reception, interpretation, analysis and reinterpretation of the French Doctrine of Counterrevolutionary Warfare by the magazine A Defesa Nacional between 1957 and 1965 was analyzed. Given the importance of the Magazine for the intelligentsia of the Brazilian military officer, the elaborations built on its pages allowed the dissemination of methods to combat revolutionary movements that were breaking out at that moment all over the world. Three distinct moments of the relationship between the Brazilian military and the French doctrine were observed: the first, an almost literal reception, where the recommendations of the French theorists were received as incorrigible.The second, when in an interpretation of the warfare techniques there are disagreements and gaps between the two understandings. The third moment contemplates the part where Brazilian officers start to demand the creation of their own and independent doctrine, which contemplates the national reality and its peculiarities. This claim brought with it a series of articles that started a theorization of the Counterrevolution, however, it was interrupted by time. From the year 1965 onwards, theorizations on the subject decrease significantly, interrupting the creation of a doctrine specific to the Brazilian armed forces. |
