Carga máxima de carregamento e modo de falha de diferentes materiais e técnicas restauradoras oclusais em molares endodonticamente tratados

Abstract

Objetivos: Testar a carga de fratura de molares endodonticamente tratados com restaurações oclusais em resina composta direta com ou sem pino de fibra de vidro transfixado e com laminados oclusais em resina nanocerâmica comparados à dentes hígidos; e avaliar o padrão de falha na aplicação de força ao longo eixo do dente. Materiais e métodos: Oitenta dentes terceiros molares hígidos extraídos receberam acesso oclusal, terapia endodôntica e foram distribuídos aleatoriamente em 8 grupos (n=10), conforme intervenção: acesso oclusal (AO); pino transfixado (PT); pino transfixado com resina composta (PTR); pino transfixado com bulk fill (BFP); resina composta (RC); resina bulk fill (BF); laminados oclusais em resina nanocerâmica LAVA (TTL); hígidos (H). Os corpos de prova foram submetidos à ciclagem mecânica de 500.000 ciclos com carga de 200 N e posteriormente foi realizado teste de carregamento de fratura com força compressiva ao longo eixo do dente sob velocidade constante de 1 mm/min. Resultados: Os valores médios obtidos foram, em N (médias seguidas de mesma letra não apresentam diferença estatística para ANOVA e Tukey) (p>0,05): H 4101±476 A; BFP 2443±317 B; TTL 2288±461 B; PTR 2188±262 B; BF 1672±252 C; RC 1352±257 CD; PT 1193±346 CD; AO 941±342 D. O padrão de falha foi predominantemente reparável para todos os grupos, exceto o TTL com prognóstico 70% irreparável. Conclusão: Dentes molares tratados endodonticamente e com acesso oclusal tradicional apresentaram prognóstico predominantemente reparável com exceção do grupo table top. O uso de table tops ou do pino de fibra de vidro transfixado horizontalmente associado às resinas compostas Bulk Fill ou convencional aumenta a resistência à fratura quando comparado aos grupos sem pino de fibra de vidro.

Objectives: To test the fracture strength of endodontically treated molars restored with nanoceramic table tops or occlusal resin composites direct restorations associated or not to horizontal fiberglass post; and to evaluate the failure pattern after the fracture strength testing. Materials and methods: Eighty sound extracted third molar teeth received occlusal access, endodontic therapy and were randomly assigned into 8 groups (n = 10), according to intervention: occlusal access (AO); transfixed post (PT); transfixed post filled with composite resin (PTR); transfixed post filled with bulk fill (BFP); composite resin (RC); bulk fill resin (BF); occlusal laminates in LAVA nanoceramic resin (TTL); healthy teeth (H). The specimens were submitted to 500,000 cyclic fatigue loading at 200 N and subsequently, a fracture loading test was performed with compressive force along the tooth axis at cross-head speed of 1 mm/min. Results: The mean values obtained were, in N (means followed by the same letter do not present statistical difference for ANOVA and Tukey) (p > 0.05): H 4101 ± 476 A; BFP 2443 ± 317 B; TTL 2288 ± 461 B; PTR 2188 ± 262 B; BF 1672 ± 252 C; RC 1352 ± 257 CD; En 1193 ± 346 CD; AO 941 ± 342 D. The failure pattern was predominantly repairable for all groups, except to TTL with 70% irreparable prognosis. Conclusion: Endodontically treated molar teeth with traditional occlusal access presented a predominantly repairable prognosis, except to TTL group. The use of table tops or horizontally transfixed fiberglass post associated to Bulk Fill or conventional composite resins increases the fracture resistance compared to groups without fiberglass post.