| Abstract: | Esta dissertação analisa os filmes Tinta Bruta (2018), dirigido por Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, e Corpo Elétrico, (2017) de Marcelo Caetano, por meio das cenas de festa e de sexo com o objetivo de analisar aproximações entre homossexualidade e o conceito de queer nas duas obras cinematográficas. Utilizamos como metodologia a análise fílmica e encontramos embasamento teórico em obras e no pensamento de autores como Nagime (2016), Lacerda Júnior (2015), Lopes (2016), Rich (2013), Moreno (2001), Trevisan (2018) e García (2007). Compreendemos a festa como um espaço e o sexo como uma prática que nos possibilitam analisar aproximações entre atitudes dos protagonistas de cada filme e o termo queer, o qual se distancia do conceito de assimilação. Em Tinta Bruta, notamos nas cenas de festa que os protagonistas vivenciam um contexto que podemos associar a um não-lugar. Em Corpo Elétrico, é possível notar que os protagonistas apresentam um desapego a um núcleo familiar tradicional. Em relação às cenas de sexo, podemos notar - no filme Corpo Elétrico - um distanciamento maior em relação à monogamia. Já em Tinta Bruta, percebemos um afastamento de papéis rígidos na relação sexual, os quais envolvem a ideia de que um homem deve exercer apenas o papel ativo e o outro, o passivo.
This dissertation analyzes the films Hard Paint (2018), directed by Marcio Reolon and Filipe Matzembacher, and Body Electric (2017), by Marcelo Caetano, through the scenes of party and sex with the objective of analyzing approximations between homossexuality and the concept of queer in both movies. We used film analysis as a methodology and found theoretical basement in the books and thoughts of authors such as Nagime (2016), Lacerda Júnior (2015), Lopes (2016), Rich (2013), Moreno (2001), Trevisan (2018) and García (2007). We comprehend the party as a space and the sex as practice that enables us to analyze approximations between each movie's protagonists' attitudes with the term queer, which presents distance from the concept of assimilation. In Hard Paint, we can see through the scenes of party that the protagonists live a context which we can associate with a non-place. In Body Electric, it's possible to notice that the protagonists present a detachment towards the traditional family nucleus. As for the scenes of sex, we can notice - in Body Electric - a longer distance towards monogamy. In Hard Paint, we perceive distancing from rigid sexual roles, which involve the idea of a man being only the top and the other, the bottom. |
