Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/413
Tipo: doctoralThesis
Título: Análise in situ da resposta imune celular das lesões de leishmaniose tegumentar americana em mucosa oral e nasal
Autor(es): Palmeiro, Mariana Reuter
Orientador: Conceição-Silva, Fátima
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Data de Publicação: 2008
Palavras-chave: ODONTOLOGIA
ESTOMATOLOGIA CLÍNICA
LEISHMANIOSE
IMUNOISTOQUÍMICA
Resumo: American Tegumentary Leishmaniasis (ATL) is a disease caused by protozoans of the genus Leishmania. It is transmitted through the bite of insects of the genus Lutzomyia. In most parts of Brazil, as the Rio de Janeiro State, the infection is caused by L. braziliensis. Two main clinical forms are described: cutaneous and mucosal leishmaniasis. Most of the human cases are in cutaneous lesions. However, despite the low frequency mucosal lesion, the magnitude of the tissue destruction and the resistance to the treatment result in a difficult following up of the patients. The nature of cells comprising the lesion environment may play a determinant role in this infection, as it has been described for other models of compartmentalization of the immune response. Studies have indicated the need for detailed investigation of the lesion microenvironment in order to establish the immunopathological picture of the infection. Thus, the study of ATL mucosal lesions might contribute to the understanding of the dynamics of the infection. In order to verify the composition of the inflammatory reaction present in mucosal lesions of ATL patients, we examined biopsies obtained from 20 patients suffering of mucosal leishmaniasis (12 with nose lesion and 8 with oral lesion), as well as 20 health donors (10 oral mucosa and 10 nasal mucosa). The mucosal tissues were analyzed by immunohistochemistry, using antibodies which recognize different subpopulations of cells (CD3, CD4, CD8, CD22, CD68, neutrophil elastase, CD1a) and inflammatory markers (CLA, Ki67, Bcl-2, NOS2, CD62E, Fas, FasL).The lesions presented an inflammatory reaction mainly consisting of T cells and macrophages. It was also observed an association between high NOS2 expression and reduced numbers of parasites, highlighting the importance of NOS2 in the elimination of parasites. The results demonstrated that the inflammatory reaction present in mucosal leishmaniasis is similar in nasal and oral mucosa, despite the tendency to be more intense in oral lesions. Moreover, the comparison of lesions and health tissue showed a significant increase of inflammatory cells in the first group. However, it was detected some inflammatory reaction in the named health tissues. These data could be the result of a continuous aggression by infectious agents and micro lesions, since mucosa is considered an immunological barrier to infections and trauma. In addition, parasites were more in oral tissues. Sice the patients having oral leishmaniasis have the tendency to frequently be diagnosed earlier than those ones having nasal lesion, the presence of parasites could be the result of lesion evolution.
A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é causada por protozoários do gênero Leishmania. É transmitida pela picada de insetos do gênero Lutzomyia. Em regiões do Brasil, como no Rio de Janeiro, é causada pela L. braziliensis. Duas formas clínicas principais são descritas: leishmaniose cutânea e mucosa. A maior parte dos casos humanos é constituído de lesões cutâneas. Contudo, apesar da baixa freqüência de lesões mucosas, a extensão da destruição tecidual e a freqüência de resistência ao tratamento tornam difícil acompanhamento dos pacientes. Os tipos celulares que compõem o ambiente das lesões podem apresentar envolvimento determinante na infecção, como já descrito em outros modelos de compartimentalização da resposta imune. Estudos indicam a necessidade de detalhamento do microambiente para estabelecer o quadro imunopatológico das lesões. Assim, o estudo das lesões mucosas da LTA pode contribuir para a compreensão da dinâmica da infecção. Com o intuito de verificar a composição do infiltrado inflamatório presente nas lesões mucosas de LTA, nós examinamos biópsias de 20 pacientes de leishmaniose mucosa (12 com lesões nasais e 8 com lesões orais), assim como 20 doadores clinicamente sadios (10 biopsias de mucosa oral e 10 de mucosa nasal). Os fragmentos de mucosa foram analisados por imunohistoquímica, usando anticorpos monoclonais capazes de reconhecer: diferentes subpopulações celulares (CD3, CD4, CD8, CD22, CD68, elastase neutrofílica, CD1a) e marcadores de inflamação (CLA, Ki67, Bcl-2, NOS2, CD62E, Fas, FasL). As lesões apresentavam reação inflamatória constituída principalmente de células T e macrófagos. Também se observava uma associação entre expressão elevada de NOS2 e reduzido número de parasitas, indicando a importância da NOS2 na eliminação de parasitas. Os resultados demonstram que a reação inflamatória presente na leishmaniose mucosa é semelhante seja no sítio de lesão oral ou nasal, apesar da tendência de ser mais intensa nas lesões orais. A comparação das lesões com tecidos considerados sadios demonstrou o aumento significante da concentração de células inflamatórias nas lesões. Células inflamatórias residuais estavam presentes nos tecidos considerados sadios. Este achado poderia ser o resultado da agressão contínua por agentes infecciosos e por microtraumatismos, já que a mucosa é considerada uma das barreiras do nosso organismo. Parasitas foram mais detectados nas lesões orais. Já que pacientes com lesão oral têm tendência ao diagnóstico precoce se comparado aos casos de lesão nasal, a maior presença de parasitas poderia ser conseqüência do tempo de evolução.
URI: http://hdl.handle.net/10923/413
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