Acredite por sua conta e seu próprio risco: análise da cobertura dos deepfakes no Estado de São Paulo e no The New York Times em 2019

Abstract

A presente monografia propõe uma reflexão acerca do trabalho e do fazer jornalístico desempenhado pelos veículos de comunicação O Estado de São Paulo e The New York Times nas suas respectivas coberturas online sobre Deepfakes no ano de 2019. Esse termo que diz respeito aos vídeos falsos criados por softwares de inteligência artificial foi propagado em 2017 através de conteúdos pornográficos falsificados, que mostravam atrizes em situações que nunca ocorreram. Para compreender isso e como os jornais abordam as matérias no meio digital, esta pesquisa estuda conceitos fundamentais sobre características e transformações do jornalismo online, Fake News, desinformação e os Deepfakes em si. Para esse fim, é utilizada a técnica de análise de conteúdo na exploração e na examinação dos materiais. A partir desses resultados, é possível afirmar que os Deepfakes foram abordados de maneiras diferentes pelos grupos midiáticos. De maneira geral, os termos relativos a esse universo são explicados com maior clareza pelo veículo norte-americano. Além disso, observa-se a ausência de publicações mais frequentes sobre o assunto, o que pode prejudicar os novos leitores de cada website principalmente em um contexto de dúvida diante do conteúdo audiovisual.

This research proposes a reflection of the journalistic work performed by O Estado de São Paulo and The New York Times in their respective online coverages of Deepfakes in 2019. This term that refers to fake videos created by artificial intelligence went viral in 2017 because of fake pornographic content, which showed actresses in situations that never occurred. This paper also tries to understand fundamental concepts about characteristics and transformations of online journalism, Fake News, misinformation and the Deepfakes themselves. For this purpose, the technique of content analysis is used in the exploration and examination of materials. From these results, it is possible to state that Deepfakes and relationed terms were approached differently by the media groups. In general, they are explained more clearly by the North American publication. In addition, it is observed an absence of more frequent publications of Deepfakes. This can harm new readers of each website, especially when considering the context of doubt regarding audiovisual content.