| Abstract: | O presente estudo está inserido no contexto da pesquisa científica acerca da tradição filosófica franciscana nos séculos XIII e XIV. São analisados três autores da primeira Escola Franciscana de Paris, a saber, Alexandre de Hales, ou a Summa Halensis, Boaventura de Bagnoregio e João Duns Scotus. A partir desses mestres, buscar-se-á efetivar a análise em torno da evolução da teoria filosófica dos conceitos transcendentes até chegar na definição do Doutor Sutil da metafísica como uma scientia transcendens. Parte-se, primeiramente, de uma contextualização em torno do tema da filosofia transcendente desde Platão, com seu transcendentalismo de um ente além matéria, até Scotus, em sua ciência que investiga as noções transcendentes como conceitos “além categorias”. Com isso, tem-se a possibilidade de realizar a análise nos respectivos autores, mantendo como bibliografia primária os seus escritos no original latino. Além das obras latinas, utilizar-se-á comentadores dedicados à pesquisa neste assunto. A natureza da pesquisa, portanto, é básica e o procedimento é bibliográfico. Com a Summa Halensis, far-se-á uma análise de como é possível alcançar o conhecimento do conceito de ente e como ele é relacionado com os seus atributos coextensivos, especialmente, o unum. Com Boaventura, far-se-á a investigação a partir da sua teoria do conhecimento e como o conceito de ens per se é a base das determinações disjuntivas do ente. Notar-se-á que o Doutor Seráfico dá início aos transcendentes disjuntivos que Scotus, posteriormente, atribui como uma categoria modal. Chegar-se-á, por fim, ao apogeu da presente investigação com o que João Duns Scotus denomina como ciência transcendente. A partir do entendimento da metafísica como uma ciência que investiga as noções transcendentes, é que Scotus dá, por assim dizer, um segundo começo à metafísica. Além disso, o filósofo escocês abrange as categorias de noções transcendentes para os atributos disjuntivos e as perfeições puras. Far-se-á, então, a análise em torno da importante colaboração scotista e, com isso, adentrar-se-á em como se obtém o conhecimento de tais noções, a semântica do conceito de ente, bem como no tema da distinctio modalis e da distinctio realis-formalis. Com a presente pesquisa, então, tem-se a visão evolutiva em torno da metafísica entendida como uma ciência transcendente e a importante contribuição scotista para o debate.
This present study is inserted in the context of scientific research about the Franciscan philosophic tradition in the XIII and XIV centuries. Three authors from the first Franciscan School of Paris are analyzed, as to know, Alexander of Hales, or the Summa Halensis, Boaventura of Bagnoregio, and João Duns Scotus. As from this masters, it will seek to carry out the analyzes around the evolutions of the philosophic theory of the transcendents concepts to the definition of Doctor Sutil of metaphysics as scientia trancendens. It begins, primarily, of a contextualization around the theme of transcendent philosophy since Plato, with his transcendentalism of a beyond matter being, to Scotus, in his science which investigates the transcendent notions as concepts “beyond categories”. With it, there is the possibility of realizing the analysis in the respective authors, keeping as primary bibliography his writings in the Latin original. In addition to Latin work, it will be utilized commentators dedicated to research about the subject. The nature of the research, therefore, is basic and the procedure is bibliographic. With the Summa Halensis, there will be an analysis of how is it possible to reach the knowledge of the concept of a being and how it is related to its coextensive attributes, especially, the unum. With the Boaventura, it will be done an investigation from his theory of knowledge and how the concept of ens per se is the basis of disjunctive determinations of the being. It will be noticed that the Doctor Seraphic initiates the disjunctive transcendents that Scotus, posteriorly, assigns as a modal category. Lastly, it will come to the apogee of this present investigation with what John Duns Scotus denominates as transcendent science. From the understanding of metaphysics as a science that investigates the transcendent notions, it is that Scotus gives a second start to metaphysics. In addition, the scotish philosopher embraces the categories of transcendent notions around the important scotish collaboration and, with that, get in as it obtains the knowledge of these notions, as well as in the theme of distinctio modalis and distinctio realis-formalis. With this present research, then, there is the evolutive vision around metaphysics understood as a transcendent science and the important Scotus contributions to the debate. |
