Bilingualism and cognitive reserve in aging: theoretical, behavioral and brain evidence

Abstract

O envelhecimento populacional, principalmente no Brasil, tornou-se uma prioridade para os setores de saúde, economia e seguridade social devido ao aumento global da expectativa de vida e crescimento populacional. Prevê-se que até 2050, uma em cada seis pessoas em todo o mundo terá mais de 65 anos, o que levanta preocupações sobre o risco aumentado de demência. Estudos recentes introduziram o conceito de reserva cognitiva, o qual é a capacidade do cérebro de manter a função cognitiva apesar das alterações ou danos relacionados à idade. O bilinguismo foi identificado como um fator potencial que poderia aumentar a reserva cognitiva, indicando que indivíduos bilíngues podem ter um risco menor de declínio cognitivo à medida que envelhecem. Portanto, os objetivos deste artigo foram (1) verificar como o bilinguismo impacta o desempenho cognitivo no envelhecimento, no que diz respeito à linguagem e outros construtos cognitivos como memória, funções executivas e atenção; (2) verificar como o bilinguismo impacta estrutural e funcionalmente o cérebro envelhecido. Por meio de uma ampla revisão da literatura, esta monografia explora o papel do bilinguismo na reserva cognitiva durante o processo de envelhecimento, considerando evidências comportamentais e de neuroimagem. Este trabalho também explora o impacto do bilinguismo no desempenho cognitivo, estrutura cerebral e função. Conclui-se que, embora existam várias perspectivas sobre o assunto, é crucial reconhecer que o bilinguismo pode servir como uma reserva cognitiva valiosa, com implicações importantes para a neurociência cognitiva e resultados gerais de saúde.

The aging population, especially in Brazil, has become a priority for the health, economy, and social security sectors due to the global increase in life expectancy and population growth. It is predicted that by 2050, one in six people worldwide will be over 65, which raises concerns about the heightened risk of dementia. Recent studies have introduced the concept of cognitive reserve, which is the brain's ability to maintain cognitive function despite age related changes or damage. Bilingualism has been identified as a potential factor that could enhance cognitive reserve, indicating that bilingual individuals may have a lower risk of cognitive decline as they age. Therefore, the aims of this paper were (1) to verify how bilingualism impacts cognitive performance in aging, regarding linguistic and other cognitive constructs such as memory, executive functions, and attention; (2) to verify how bilingualism impacts the aging brain structurally and functionally. Through a comprehensive literature review, this monograph explores the role of bilingualism in cognitive reserve during the aging process, regarding behavioral and neuroimaging evidence. It explores the impact of bilingualism on cognitive performance, brain structure, and function. The monograph concludes that while there are varying perspectives on the matter, it is crucial to recognize that bilingualism can serve as a valuable cognitive reserve, with important implications for cognitive neuroscience and overall health outcomes.