Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://hdl.handle.net/10923/24694
Tipo: doctoralThesis
Título: A colonialidade de gênero nos livros didáticos de história do ensino médio (PNLD 2018)
Autor(es): Monteiro, Paolla Ungaretti
Orientador: Eggert, Edla
Editor: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Fecha de Publicación: 2022
Palabras clave: ENSINO MÉDIO - BRASIL
LIVROS DIDÁTICOS
HISTORIOGRAFIA
RELAÇÕES DE GÊNERO
EDUCAÇÃO - BRASIL
Resumen: Esta tese investigou como a colonialidade de gênero está presente no ensino de História do ensino médio, através de análises das narrativas históricas presentes nos livros didáticos de História. Todos os exemplares analisados fazem parte de coleções examinadas e aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC), através do Programa Nacional do Livro e do Material didático (PNLD), e pertencem a versão do programa para a disciplina de História do PNLD 2018 para o ensino médio, sendo também as duas coleções mais vendidas desse PNLD. Para a investigação, partiu-se do entendimento de que os livros didáticos são componentes sociais, reprodutores e produtores de valores da sociedade no momento histórico em que são formulados, sendo veículo de valores e de ideologias de uma cultura (BITTENCOURT, 2011). Entende-se também que com a intrusão dos europeus em nossa Abya Yala (Continente Americano) e em Pindorama (Brasil) foi imposto o patriarcado de alta intensidade (SEGATO, 2012) e, desde então, as relações de gênero em nossas sociedades foram pautadas por valores característicos desse patriarcado — demonstrando que mesmo após as independências dos territórios colonizados, a colonialidade de gênero se perpetua (LUGONES, 2014). Dessa forma, por meio da Perspectiva De(s)colonial, dos Estudos Feministas e de Gênero, os resultados de pesquisa sugerem que: as narrativas produziam e/ou reproduziam o binarismo hierárquico de gênero; as especificidades étnico-raciais dessas narrativas; e a presença, a ausência e a emergência de narrativas que evidenciavam a colonialidade de poder e de gênero.Se constatou que a forma como a História do Brasil foi narrada nessas coleções foi androcêntrica, e mesmo quando houve narrativas críticas à colonialidade não houve igual criticidade à colonialidade de gênero e os valores que a sustentam: as identidades de gênero não fugiram do binarismo, mulheres e homens, e a heteronormatividade imperou. As mulheres apareceram como complemento à história; houve, intencionalmente ou não, a hierarquização entre os dois gêneros, colocando os homens no topo. As mulheres não brancas foram as que menos apareceram nas narrativas. Ao término desta pesquisa, conclui-se que a colonialidade de gênero impera sem contestações nos livros didáticos de História para o ensino médio.
This thesis investigated how the coloniality of gender is present in high school History teaching through the analysis of historical narratives in History textbooks. All the analyzed textbooks are part of collections that were examined and approved by the Ministério da Educação (Ministry of Education) (MEC), through the Programa Nacional do Livro e do Material didático (National Book and Teaching Material Program) (PNLD). They belong to the PNLD 2018 version of the program for the school subject of History for the high school level, and they are also the two best-selling collections of this PNLD. This investigation defends the understanding that textbooks are social components, reproducers, and producers of values of a society in the historical moment in which they are formulated, being a vehicle of values and ideologies of a culture (BITTENCOURT, 2011). It is also understood that with the intrusion of Europeans in our Abya Yala (American Continent) and in Pindorama (Brazil), the high-intensity colonial-modern patriarchy was imposed (SEGATO, 2012) and, since then, gender relations in our societies have been guided by the values of this patriarchy. Even after the independence of the colonized territories, the coloniality of gender is perpetuated (LUGONES, 2014). Through the Decolonial Perspective, Feminist and Gender Studies, three points were observed in the investigation: how the narratives produced and/or reproduced the hierarchical gender binarism, the ethnic-racial specificities of these narratives, and the presence, absence, and the emergence of narratives that evidenced the coloniality of power and gender. It was found that the narratives about the History of Brazil narrated in these collections were androcentric. Even when there were critical narratives about coloniality, there was no equal criticism of the coloniality of gender and the values that sustain it.Gender identities did not escape binarism, women, and men, and heteronormativity prevailed. Women appeared as a complement to the His-tory; there was, intentionally or not, a hierarchy between the two genders with men at the top. Non-white women were the ones who appeared least in the narratives. It was concluded at the end of this research that coloniality of gender reigns unchallenged in History textbooks for high school.
URI: https://hdl.handle.net/10923/24694
Aparece en las colecciones:Dissertação e Tese

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