Comunicação e moda: uma análise semiológica na revista Claudia

Abstract

Women's magazines exist in Brazil since the nineteenth century, and have appeared in parallel with the emergence of the Press in the country. However, only in the last ten years, with the introduction of graduation courses with a focus on Fashion, the scientific publications about the subject, such as books and papers, took power. Although there are records about the Fashion segment, within the social studies of Communication, is still very difficult to understand the phenomenon from this perspective. Thus, in order to put into practice analysis about Communication and Fashion, in view of the dialogue capacity that both may establish, we have proposed to take a look at images and texts of Fashion, printed in six reports of Claudia Magazine, in years 1988, 1998 and 2008. Our reflections will be anchored in the Historical-Structural Dialectic (DHE), having, as a methodological technique, the Semiology. The categories of analysis a priori, composed through presupposed of Roland Bathes are: Photography, Culture, Power, Myth and Sociolect, with the emergence a posteriori of the categories and Color and Repetition. Therefore, in the first phase of work, we will bring a brief review about the history of magazines in the Brazilian press. Next, we will remember the formats and contents that were approached. Therefore, we will talk about continuity and permanence of a press focused on women or made by them. We will cite examples of remarkable political moments for the country's press and its relationship with the illustrated magazines. We will bring to light the segmentation of magazines as well as main publications focused on the niche of the women and, in special, the fashion. Following we will focus on Claudia Magazine and will tell its trajectory. After, we will present the theory base of our research. In the second phase we have accomplished the semiological reading of reports and have observed the evidences. We note that, the senses produced by us, relate to the actual historical and social moment, without escaping from our interpretation as researchers. Thus it is, only one of the possible truths to be told.

As revistas femininas existem no Brasil desde o século XIX, e surgiram em paralelo ao aparecimento da Imprensa no país. No entanto, foi somente nos últimos dez anos, com a implantação de cursos de graduação com enfoque na Moda, que as publicações científicas sobre o assunto, como livros e trabalhos acadêmicos, tomaram força. Apesar de já existirem registros sobre o segmento da Moda, dentro dos estudos sociais de Comunicação, ainda é bastante difícil compreender o fenômeno sob essa perspectiva. Assim, a fim de colocar em prática análises sobre a Comunicação e a Moda, tendo em vista a capacidade de diálogo que ambas podem estabelecer, propusemo-nos a lançar um olhar sobre imagens e textos de Moda, veiculados em seis reportagens da Revista Claudia, nos anos 1988, 1998 e 2008. Nossas reflexões serão ancoradas na Dialética Histórico-Estrutural (DHE), tendo, como técnica metodológica, a Semiologia. As categorias de análise a priori, constituídas através dos pressupostos de Roland Bathes, são : Fotografia, Cultura, Poder, Mito e Socioleto, com o surgimento a posteriori das categorias Cor e Repetição. Portanto, na primeira etapa do trabalho, traremos um breve resgate sobre a história das revistas na imprensa brasileira. A seguir, lembraremos dos formatos e conteúdos que eram abordados. Por conseguinte, falaremos da continuidade e permanência de uma imprensa voltada para as mulheres ou feita por elas. Citaremos exemplos de momentos políticos marcantes para a imprensa do país e, sua relação com as revistas ilustradas. Traremos à tona a segmentação das revistas, bem como as principais publicações voltadas ao nicho da mulher e, em especial, a Moda. Depois, focaremos na Revista Claudia e contaremos sua trajetória. Após, apresentaremos a teoria-base de nossa pesquisa. Na segunda etapa realizamos a leitura semiológica das reportagens e observamos as evidências. Salientamos que, os sentidos produzidos por nós, relacionam-se com o momento histórico e social atual, sem fugir da nossa interpretação como pesquisadores. Trata-se assim, de somente uma das verdades possíveis de serem ditas.