Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10923/25935
Type: masterThesis
Title: Desigualdades digitais: interseccionalidades entre os fatores socioeconômicos e o nível de compretências digitais no Brasil
Author(s): Santos, Inês Borges
Advisor: Mattos, Ely José de
Publisher: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Graduate Program: Programa de Pós-Graduação em Economnia do Desenvolvimento
Issue Date: 2023
Keywords: DESIGUALDADE ECONÔMICA
DESIGUALDADE SOCIAL
TECNOLOGIA DIGITAL
INCLUSÃO DIGITAL
ECONOMIA
Abstract: A pesquisa TIC Domicílios 2022 demonstra que 86% dos brasileiros com mais de 10 anos possuem acesso à internet. Apesar do percentual expressivo, o simples fato de ter acesso ao mundo digital não é garantia de autonomia de uso, aproveitamento das oportunidades online e realização de atividades do dia a dia. De acordo com a literatura, para o acesso integral aos meios digitais, é preciso superar três etapas: acesso material (dispositivo e conectividade), competência digital (destreza no manuseio dos dispositivos e na interação com a internet) e, por fim, oportunidades online (relacionadas à atitude e a aspectos comportamentais). De certo modo, a pesquisa mostra um bom nível de inclusão digital para além das barreiras do acesso material. No entanto, existem condições socioeconômicas e tipos de dispositivos aos quais os usuários têm acesso, que funcionam como barreiras adicionais para a inclusão digital de segunda ordem: as habilidades digitais.Assim, o objetivo deste trabalho é investigar a interseccionalidade dos fatores socioeconômicos e de infraestrutura no desenvolvimento das competências digitais. Para concretizar este estudo, foi realizado um modelo de score, no qual se relacionam grupos de competências digitais organizadas por área de atividade (variáveis dependentes) com os grupos de variáveis socioeconômicas e de tipo de acesso, criando um score médio para cada resposta positiva de realização da atividade digital. Identificamos que usuários das classes A, com nível superior e acesso via multidispositivos, são os mais propensos a desenvolverem habilidades digitais, sendo afetados apenas pelas faixas etárias mais altas. Já usuários com nível de escolaridade inicial, pertencentes às classes C, D e E com acesso exclusivo pelo celular, têm mais dificuldades para desenvolver habilidades digitais. Os resultados encontrados nesta pesquisa podem servir como um diagnóstico prévio para aprimorar a eficiência de políticas públicas, segmentando os grupos por necessidades específicas de acordo com as habilidades digitais.
The brazilian survey TIC Domicílios 2022 shows that 86% of Brazilians over the age of 10 have access to the internet. Despite the significant percentage, the mere fact of having access to the digital world is no guarantee of autonomy of use, taking advantage of online opportunities and carrying out routine activities. According to the literature, for full access to digital media, three stages need to be overcome: material access (device and connectivity), digital competence (dexterity in handling devices and interacting with the internet) and, finally, online opportunities (related to attitude and behavioral aspects). In a way, the survey shows a good level of digital inclusion beyond the barriers of material access. However, there are socio-economic conditions and types of devices to which users have access, which act as additional barriers to second-order digital inclusion: digital skills.The aim of this study is to investigate the intersectionality of socio-economic and infrastructure factors in the development of digital skills. In order to carry out this study, a score model was created in which groups of digital skills organized by area of activity (dependent variables) are related to groups of socioeconomic variables and type of access, creating an average score for each positive response to the digital activity. We found that users in the A class, with higher education and access via multi-devices, are the most likely to develop digital skills, with only the highest age groups being affected. Users with an initial level of education, belonging to classes C, D and E with exclusive access via cell phone, have more difficulty developing digital skills. The results found in this research can serve as a preliminary diagnosis to improve the efficiency of public policies, segmenting groups by specific needs according to digital skills.
URI: https://hdl.handle.net/10923/25935
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