| Abstract: | O presente trabalho tem como tema principal as relações entre professor/aluno com TEA nos três primeiros anos do ensino fundamental consideração a ação pedagógica na perspectiva do afeto. Esse estudo justifica-se a partir da necessidade de problematizar sobre a inclusão dos alunos com Transtorno do Espectro Autista ao ingressar na escola regular devido aos questionamentos de como realizar práticas efetivas de inclusão, que impactem nas trajetórias de aprendizagem e escolarização destes alunos. Destarte, esta pesquisa buscou responder a seguinte questão: Como a relação entre os professores e a criança com TEA influencia a inclusão nos três primeiros anos de escolarização, considerando a ação pedagógica na perspectiva do afeto? Na Dissertação, o referencial teórico utilizado apoia-se em Vygotsky (2007), Wallon (2010), Mantoan (2015) e Sarmento (2002). Na pesquisa empírica foi adotada a metodologia qualitativa do tipo exploratória, sendo utilizados como instrumentos para a coleta de dados, entrevistas semiestruturadas com oito professoras que atuam nos primeiros anos do ensino fundamental de uma escola do município de Porto Alegre/RS.As análises foram feitas a partir dos pressupostos da Análise de Conteúdo de Bardin (2016) a partir de três categorias de análise: Percepção dos professores sobre o processo de inclusão dos alunos com TEA; Relação professor/aluno e a importância do vínculo; Aprendizagem e ação pedagógica. Após a categorização dos dados surgiram outras duas categorias: família e implicações da pandemia. Estas categorias, de forma conjunta, dialogam entre si na discussão sobre o tema. A partir dos resultados obtidos foi possível compreender que os professores entendem que é a partir da relação estabelecida entre professor/aluno e a partir da mediação entre os pares que os processos inclusivos ocorrem de maneira mais qualificada, porém apontam que a prática pedagógica deve partir da observação e do respeito as individualidades dos alunos, assim indicando o vínculo estabelecido como fator fundamental nos processos inclusivos, destacando que este é estabelecido para além das relações entre professor/aluno, mas com a comunidade escolar como um todo.
This research has as it’s main theme the relationship between teachers / students with Autism Spectrum Disorder in the first three years of elementary school, considering pedagogical action in the affection perspective. This study is justified by the need to problematize the inclusion of students with ASD when entering regular school due to issues about how to carry out effective inclusion practices, with impact on the learning and schooling trajectories of these students. Thus, this research aims to answer the following question: How does the relationship between teachers and children with ASD influence inclusion in the first three years of schooling, considering pedagogical action from the affection perspective? Among this Dissertation, the theoretical framework used is supported on Vygotsky (2007), Wallon (2010), Mantoan (2015) and Sarmento (2002). In the empirical research, the exploratory qualitative methodology was adopted, being used as instruments for data collection, semi-structured interviews with eight teachers who work in the first years of elementary school at a school in the city of Porto Alegre / RS.The analyzes were made based on the assumptions of Bardin's Content Analysis (2016) based on three main categories: Teachers' perception of the inclusion process of students with ASD; Teacher / student relationship and the importance of the bond; Learning and pedagogical action. After categorizing the data, two other categories emerged: family and implications of the pandemic. These categories, together, dialogue with each other in the discussion. From the results obtained it was possible to conclude that teachers understand that it is from the relationship established between teacher / student and from mediation between peers that inclusive processes occur in a more qualified way, however they point out that pedagogical practice must start from observation and respect for students' individualities, thus indicating the bond established as a fundamental factor in inclusive processes, highlighting that this is established beyond the relations between teacher / student, but with the school community as a whole. |
